Só as tuas mãos trazem os frutos.
Só elas despem a mágoa
destes olhos, choupos meus,
carregados de sombra e rasos de água.
Só elas são
estrelas penduradas nos meus dedos.
- Ó mãos da minha alma,
flores abertas aos meus segredos!
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Andrade, Eugénio de.
Antologia (1945-1961). Porto: Delfos, 1961, p 41.
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