terça-feira, 28 de julho de 2020

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Depois do Festival Internacional de Poesia En El Lugar de Los Escudos (México) e das Raias Poéticas de 2020 (Vila Nova de Famalicão, Portugal/ Brasil), na primeira semana de agosto serei também presença no prestigiado Poesia en el Laurel, XVII Festival de Granada.
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terça-feira, 21 de julho de 2020

Vídeos de Festivais Literários
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Festival Internacional de Poesía En El Lugar de Los Escudos (México), recital de miércoles 17 de junio.
Ver Aqui: https://www.facebook.com/watch/live/?v=571750873761025&ref=watch_permalink
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com: Álvaro Mata Guillé  (Costa Rica), Victor Oliveira Mateus (Portugal), Jaya Choudhury (Índia), Ciela Asad (Argentina), Katarina Vuorinen (Finlância)
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9 Raias Poéticas (Vila Nova de Famalicão), Afluentes Ibero-Afro-Americanas de Arte e Pensamento
Mesa 2, 2020/7/20
Ver Aqui: https://www.youtube.com/results?search_query=dobra+do+pensamento%3A+a+literatura+acontece+em+recome%C3%A7o+ininterrupto
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Com: Tiago Alves Costa (Portugal), José Emílio-Nelson (Portugal), Victor Oliveira Mateus (Portugal), Carla Carbatti (Brasil), Jorge Velhote (Portugal).
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Nota: em breve acrescentar-se-.á a este post uma sessão do XVII Festival Internacional de Poesía en el Laurel, Granada (España).
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domingo, 19 de julho de 2020

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DIA 20: 15:00H (no Brasil), 19:00H (em Portugal)
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O Festival está a decorrer em várias Plataformas nomeadamente no Youtube e no Face na Página da Revista Mallarmagens.
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sábado, 18 de julho de 2020

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Estão abertas as inscrições para a 2ª Edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado - Cidade de Castelo Branco. Consultar os links abaixo dos Diários espanhóis El Norte de Castilla e Salamanca alDia.
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O Júri do referido Prémio é constituido por:
Alfredo Pérez Alencart (Presidente) e por António Cândido Franco, António dos Santos Pereira,
Enrique Cabero, Fernando Paulouro das Neves, José Dias Pires, Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata, Paulo Samuel, Rita Taborda Duarte, Pompeu Miguel Martins e Victor Oliveira Mateus.
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As Regras para concorrer ao Prémio encontram-se num dos links referidos acima.
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As RAIAS POÉTICAS DE 2020 decorrerão de 18 de julho a 16 de agosto. O referido Festival Literário poderá ser acompanhado em várias plataformas nomeadamente na Página do Facebook: mallarmagens revista de poesia & arte contemporânea.
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A Mesa 2 deste evento acontecerá no próximo dia 22 (segunda-feira), pelas 19:00H, e nela Tiago Alves Costa, Victor Oliveira Mateus, Carla Carbatti, Jorge Velhote e José Emílio-Nelson discorrerão em torno do tema A Literatura Acontece em Recomeço Ininterrupto.
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segunda-feira, 13 de julho de 2020


                     Vaticínio


Hás de beber as lágrimas sombrias
que nesta hora eu bebo soluçando!,
e o veneno das minhas ironias
há de rasgar-te os tímpanos cantando!

Hás de esgotar a taça das agonias
neste sabor a ódio - e, estertorando,
hás de crispar as tuas mãos vazias de amor,
como eu agora estou crispando!

E hás de encontrar-me em teu surpreso olhar
com o mesmo sorriso singular
que a minha boca em certas horas tem.

E eu hei de ver o teu olhar incerto
vagueando no intérmino deserto
dos teus braços tombados sem ninguém!
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Outono, 1926
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   Teixeira, Judith. Poesia e Prosa. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2015, p 202 (Organização e estudos introdutórios de Cláudia Pazos Alonso e Fabio Mario da Silva).
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domingo, 12 de julho de 2020

Alice Fergo (1941/11/03-2020/06/16)

Da esquerda para a direita: Victor Oliveira Mateus, Alice Fergo, João Artur Pinto e Julião Bernardes.
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               Risos


O lado épico da vida pode ser uma gargalhada, ou então um beijo
a correr para os teus ombros frisados pelo escárnio deste frio.
Imagina: há a pedra, a imponderabilidade e os devassos pombos
sobre os telhados. E nós aqui, ermos de fins felizes, por de mais
bastardos. Antigos répteis.
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  Fergo, Alice. Quando junto às horas se ilumina um rio. Fafe: Editora Labirinto, 2020, p 59 (Prefácio de Victor Oliveira Mateus).
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sábado, 11 de julho de 2020

Pré-publicação de um artigo que sairá dentro de semanas numa Revista Literária. 
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                                      Victor Oliveira Mateus

     
        Hugo Milhanas Machado: a meticulosa insurreição do verbo


O mais recente livro de Hugo Milhanas Machado (Estrela Tambor, Editora Labirinto, 2020) acentua e homogeneíza alguns dos temas e dos procedimentos estilísticos suscetíveis já de ser encontrados em livros seus anteriores. Esta obra está dividida em duas secções: um, Estrela, que integra um grupo de quarenta e quatro sonetos; dois, Tambor, composta por dez momentos de prosa poética a que o autor chama falas. Convém, no entanto, sublinhar que a opção do poeta pelo soneto se integra num intento mais geral e que é uma das traves mestras deste seu livro: o ir jogando com a tradição literária e, simultaneamente, o escangalhar dessa mesma tradição, vejamos: Milhanas Machado recusa, de modo deliberado, o soneto petrarquiano, bem como o soneto shakespeariano, com tudo o que isso implica de escansão e esquemas rimáticos, opta pelo soneto monostrófico todo ele em verso livre, já que é esse procedimento que melhor serve os seus propósitos: “Ia estranho, obscuras formas, soneto carnaval” (16:14, nas citações referentes a todos os livros o primeiro número será sempre relativo à página e os seguintes aos versos); “Tens o muro do catorze, a piscina da tradição” (24:1); “Domingo contigo ou a bomba no soneto” (50:9); “O segredo desfez o soneto, que a fibra da fala é a praia da frase, e assim monta e organiza os números de luz” (59:2-4).
Parece-me curial traçar um paralelismo entre o desígnio visado por Estrela Tambor e aquele outro que John E. Jackson assinala como subjacente ao projeto poético de Rimbaud (Cf. “la poésie et son autre”, pp 43-75), onde, para este especialista da poesia moderna, o poeta francês acaba levando à cena uma riquíssima Ópera Fabulosa em que a música e o teatro desempenham funções estruturantes, então, e pelo que aqui nos ocupa, poder-se-á dizer que HMM monta, não uma Ópera Fabulosa, mas uma Arquitetura Meticulosa cujas variáveis organizativas são: o lúdico-desportivo, a música (também) e o existencial incluindo este, por sua vez, o afetivo e a dimensão do trabalho. Contudo, toda esta arquitetura visa, e opera, um solo específico – o da escrita.
Como se disse acima, alguns destes elementos encontravam-se já esparsos em obras anteriores, embora ao serviço de grelhas concetuais e paradigmas diferentes dos de Estrela Tambor, exemplos: “acho que tento de longe tocar/ e que debaixo das estrelas aqui chegássemos/ acho que uma guitarra me vinha bem/ um bocado de música fosse um bocado/ de ti mas as partes de que mais gosto” ( In As Junções, 71:13-17); “O poema diz/ fecharam janelas em quartos/ e fomos nós” ( In Onde fingimos dormir como nos campismos, 71:7-10); “Eu querer só quero uma beca/ do teu coração/ a mais composta” (In Onde fingimos dormir como nos campismos, 76:12-15); “Meu corpo afinal é o mesmo/ e recordo doutro poema/ em que noutro poema eu tentava/ navios de barro à hora de jantar” ( In Supertubos, Poemas 2005-2015, 92:13-16). Se é possível, então, estabelecer convergências semânticas e estilísticas com livros anteriores de HMM, não restam também quaisquer dúvidas, que todos esses conceitos e processos se encontram agora ao serviço de um projeto distinto dos anteriores, como o poeta diz mesmo na Introdução da obra: “Faz a frase grande, e então prossegue. Lança letras e diz: faz luz chata, vem, é só a gente a continuar. A fola daqui é torta e violenta e também por isso merece o horizonte” (In Estrela Tambor, 7:26-29). Assim, estamos, com este livro, instalados em pleno território da escrita com toda a conflitualidade e horizontes a ela inerentes e, num regresso a John E. Jackson, faz todo o sentido traçar uma analogia com o que este ensaísta conclui acerca de Celan; “(…) existe (…) uma grelha verbal, uma barreira ou um filtro de palavras entre o sujeito e o ser. (…) a linguagem é menos um meio para diferenciar – para separar – do que para definir. Ou melhor, a linguagem (…) irrompe como um meio que distingue para definir” (In Op. Cit. p 97). Estamos, pois, neste momento, na posse de algumas das principais premissas que nos permitem compreender o principal da já citada arquitetura que Milhanas Machado se autopropõe levar a cabo com o presente livro.
Ao nível do sentido, Estrela Tambor dá-nos, na sua urdidura, aspetos curiosos e inusitados na poesia portuguesa contemporânea: a) a estreita convizinhança entre o jargão e/ou o mero linguajar de irreverentes  agrupamentos sociais específicos, aliás, muito mais esbatido aqui do que em livros anteriores deste autor (“nos bailes malucos” 16:7; “roupas beras” 38:12; “Estilo marado” 41:10; “buchas para depois lembrar.” 44:14) e um lirismo, que, muitas vezes, se tenta ocultar no corpo do poema e, em outras, afronta o leitor, como por exemplo através de diminutivos (“Pedimos o santo dos grandes guerreiros,/ Travar batalha na incandescência pirata/ Meu amor, intuir contigo a serrania.” 43:12-14 – seguindo de perto Martine Broda no seu L’amour du nom, e para o que aqui nos interessa, não importa se o “amor” mencionado por HMM no último verso do soneto da página 43 se refere à mulher amada, à escrita ou à missão que a si se impôs;  “ Essa recordação tomada nas coisinhas”, 51:11); b) um fusional (propositado) que opera no coração dos textos através de palavras e expressões provenientes de vários territórios do humano: o laboral, a escrita, o afetivo, o lúdico, etc.: “Curvavam longe, bravos patinadores/ Nessa alta nuvem de gelo e papel,/ Flor em punho o corpo despido,/ Imitam forte a universidade do cometa./ Com eles a defesa de uma semântica,/ Roladores de linha no pulso da página/ A curva vai e vem como o caminho./ Do saquinho da língua, país do osso naval/ Guardar os tesouros para saber quando cantar”” (39:1-10). Este modo de trazer o vivencial, nas suas múltiplas vertentes, para dentro da poesia e com isso questionar a tradição de modo a acenar com uma gramática outra, assemelha-se ao que Wordsworth fez, no seu tempo, com a natureza: “A Wordsworth concede-se geralmente o mérito de estar na primeira fila daqueles que descobriram e fizeram descobrir à poesia a natureza. O que ele, em primeiro lugar, parece-me, descobriu e fez descobrir sob esse nome, foi um modo de ver a paisagem, de fixar um sketch onde a natureza se apresentava a si própria, se manifestava como uma apresentação de si própria.” (Jacques Rancière, in “La politiques des poètes, pourquoi des poètes en temps de détresse”, p 98). Se neste excerto substituirmos o nome do poeta e as palavras “natureza” e “paisagem” por “escrita”, eis-nos no centro de Estrela Tambor!
Milhanas Machado consegue, neste seu livro, uma arquitetónica pluriforme, que sem perder de vista uma crítica à tradição literária não a escorraça completamente, deixando fugir mesmo, aqui e ali, alguns laivos de um enternecimento saudoso: “Velhos cantos de trazer à fogueira connosco/(…) Nos recantos destas casinhas que de longe habitámos” (24:2-4), contudo, o posicionamento do eu-poético, quer numa perspetiva literária quer mesmo numa outra de tipo ideológico, é bastante claro: o que se visa alcançar, não é um qualquer espartilhar da fala (atente-se à segunda parte do livro!), mas antes um Ser-em-Aberto, ou seja, um horizonte a montar num tempo futuro: “Essa bomba do texto que a gente vem dizer./ O mar batido nas confluências é bonito,/ Começamos o vocabulário dessa borriça/ Que rediz o valor e o transporte no tempo” (46:11-14); “São teus esses escritos que aí ficam/ E nós outra vez na mesma maneira,/ Estrela tambor, campismo a fingir.” (53:12-14).
A uma arquitetura filigranada, a uma poética especular onde os vocábulos surgem, por vezes impetuosamente, desvanecem-se, e logo irrompem mais além, como num enorme caleidoscópio dador de sentidos multiplicáveis e combináveis, a uma estratégia literária deste tipo terá de corresponder igualmente uma conceção do ritmo, da harmonia, distinta das conceções clássica e romântica, assim, penso que a poesia de Hugo Milhanas Machado encaixa perfeitamente num tipo de musicalidade diferente destas duas últimas aqui referidas, aproximando-se de harmonias outras como por exemplo da música atonal, tal como aparece no Pierrot Lunaire de Schoenberg (ver aqui: https://www.youtube.com/watch?v=h4jKtzbc3G0 ) , aliás, será mesmo uma experiência interessante: ler-se alguns sonetos deste livro e escutar-se em seguida a referida peça musical, tornar-se-ia evidente de imediato o que é a meticulosa insurreição do verbo.
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Bibliografia
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. Broda, Martine. L’amour du Nom. Paris: José Corti, 1997.
. Cixoux, Hélène. Aya! Le cri da la littérature. Paris: Éditions Galilée, 2013.
. Derrida, Jacques. Che cos’è la poesia? Coimbra: Colecção Marfim, 2003
. Jackson, John E. La Poésie et son Autre, Essai Sur la Modernité. Paris: José Corti, 1998.
. Machado, Hugo Milhanas. Lisboa: Artefacto, 2010.
. Machado, Hugo Milhanas. Lisboa: Enfermaria 6, 2014.
. Machado, Hugo Milhanas. Supertubos, Poemas 2005-2015. Lisboa: Enfermaria, 6, 2015.
. Machado, Hugo Milhanas. Estrela Tambor. Fafe: Editora Labirinto, 2020.
. Maulpoix, Jean-Michel. La Poésie Malgré Tout. Paris: Mercure de GFrance, 1996.
. Maulpoix, Jean-Michel. Pour un Lyrisme Critique. Paris: José Corte, 2009.
. Rancière, Jacques. La politique des poètes, pourquoi des poètes en temps de détresse. Paris: Albin Michel, 1992.
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quarta-feira, 1 de julho de 2020


                    A Minha Amante


                         "............................... a dor
                         só lhe perco o som e a cor
                         em orgias de morfina!"



Dizem que eu tenho amores contigo!
Deixa-os dizer!...
Eles sabem lá o que há de sublime,
nos meus sonhos de prazer...

De madrugada, logo ao despertar,
há quem me tenha ouvido gritar
pelo teu nome...

Dizem - e eu não protesto -
que seja qual for
o meu aspeto
tu estás
na minha fisionomia
e no meu gesto!

Dizem que eu me embriago toda em cores
para te esquecer...
E que de noite pelos corredores
quando vou passando para te ir buscar,
levo risos de louca, no olhar!

Não entendem dos meus amores contigo -
não entendem deste luar de beijos...
- Há quem lhe chame a tara perversa,
dum ser destrambelhado e sensual!
Chamam-te o génio do mal -
o meu castigo...
E eu em sombras alheio-me dispersa...

E ninguém sabe que é de ti que eu vivo...
Que és tu que doiras ainda
o meu castelo em ruína...
Que fazes da hora má, a hora linda
dos meus sonhos voluptuosos -
Não faltes aos meus apelos dolorosos...
- Adormenta esta dor que me domina!
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( Junho, 1922)
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 Teixeira, Judith. Poesia e Prosa. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2015, pp 82-83 (Organização e estudos introdutórios de Cláudia Pazos Alonso e Fabio Mario da Silva).
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