quinta-feira, 3 de setembro de 2020


 Foi nos bastidores do Teatro Liceo de Salamanca, em 2018, e enquanto nos preparávamos os três para subir ao palco de uma sala completamente esgotada, que contactei pela primeira vez com a poeta argentina Ángela Gentile e com essa enorme figura da poesia espanhola chamada Antonio Colinas. Momento inolvidável, que, sem que eu o pudesse adivinhar, iria desembocar no presente livro, que tem a seguinte Dedicatória.
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"Criar planos para a vida será privá-la dos planos que ela tem para nós. Defendia isto, embora com outras palavras, o filósofo português Agostinho da Silva. Foi com uma dinâmica deste tipo, na qual acredito, que em 2018 conheci a poeta argentina Ángela Gentile no XXI Festival Hispano-americano de Poesia de Salamanca organizado pelo poeta e académico hispano-peruano Alfredo Pérez Alencart. Logo nessa altura tive oportunidade de conhecer a poesia de Ángela Gentile através de um seu livro que acabara de ser publicado ( Bizancio ) e de sobre ele conversar com a autora num jantar em que estava presente Jacqueline Alencar, tradutora e esposa do poeta acima referido. Ora, nesse jantar e de acordo com este jogo de coincidências cujo sentido acaba sempre por nos escapar, estava também João Artur Pinto, Editor da Labirinto, que agora, ao saber que eu estava a fazer esta tradução, se ofereceu de imediato para publicar o livro Madras, em versão bilingue. Dedico, por conseguinte, esta minha tradução a estes quatro amigos, pois sem eles esta obra, nesta sua forma, jamais teria sido possível.
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   Victor Oliveira Mateus In Madrás/ Madras, p 35.
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Nota: o jantar referido neste post realizou-se no Mosteiro de Fonseca, cuja imagem segue abaixo.
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