Eis que chega a Inês
Ora agora jogas tu
Ora agora jogo eu
Ora agora jogas tu
Ora agora jogo eu.
Vezes sem conta
Repetem estas palavras
Enquanto jogam às cartas
E bebem minis
Debaixo de um toldo vermelho
Numa praia do Sul.
Talvez sejam do Porto
Dizem uns
Talvez sejam de Braga
Dizem outros
Eu acrescento:
Talvez sejam portugueses
E eis que chega a Inês
A comer uma bola de Berlim.
O poema acaba assim.
Alves, Izidro.
A sombra da mão. Lisboa: palavras escritas, 2018, p 43.
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