segunda-feira, 9 de março de 2020



rápido é o mundo que gira na cabeça e quase nunca
está à altura dos nossos sonhos. os sonhos não são mais
do que estátuas de sal: olham para nós, atónitos e mudos,
ora nada disto é sadio, nem pleno, nem enxuto, se entre
nós e Vida se interpõe a vida, que é uma ciranda. só nos
cabe rodar e rodar, sem parar, até aparecer o carrossel de
luz que gira por detrás de toda a escuridão da Existência.
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 Alves, Adalberto. Os dedos Trans-Lúcidos do Escrevinhador. Fafe: Editora Labirinto, 2020, p 24.
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