Coimbra, 6 de Dezembro de 1938 - Dia de confissão geral. Isto e aquilo da minha vida, do meu temperamento, desta incapacidade que tenho de criar harmonia. Os meus sete pecados mortais em carne viva.
...Quinto - a sede de amor absoluto que me devora;
Sexto - o clima tropical de violência e ternura que envolve o que penso e faço. Absolvido.
Depois do sétimo, porque não tentava eu dar forma capaz a tudo quanto dizia, que era realmente belo? Porque não. Porque um homem não se escreve.
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Miguel Torga. Diário I. Coimbra: 7ª Edição, p 85.
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