Este poema tem um gato e um pardal,
o gato mata o pardal,
o gato não come o pardal,
é um gato sem fome,
é uma morte inútil,
é a tua indiferença perante a dor de um pássaro,
és tu sem perceber que também sou pássaro
e que morro inutilmente todos os dias.
Raquel Serejo Martins. Valsa a vau. Lisboa: Poética Grupo Editorial, 2021, p 38.
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