.
.
.
Lembro-me do meu pai a tremer
de frio. O seu corpo magro
sacudido pela fúria do vento
numa praia fora de estação.
Lembro-me de como era frágil,
sem peso, exposto.
É essa a minha condição.
Eu sou aquele que se expõe
e morre ferido por uma lembrança.
Luís Quintais. Ângulo Morto. Porto: Assírio & Alvim, 2021, p 32.
.
.
.