Quando o verão tinha descarregado a sua chuva como folhas
e também as folhas tinham caído, tinha chegado Setembro,
vi deslizar um pássaro sobre a minha cabeça,
uma sombra de mim que vivia na terra,
presságio de Outubro, sem palavras, mas a mesma canção.
Bo Carpelan in O mundo adormecido espera impaciente, antologia de poesia finlandesa. S/c.: Ed. Contracapa, 2021, p 129 (Versão portuguesa de Amadeu Baptista).
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