O conceito de Douta Ignorância em Nicolau de Cusa
1- Índice
2 - Introdução
3 - Douta Ignorância - a especificidade de um conceito
3.1. - Dom divino ou Grau de conhecimento?
3.2. - Máximo e Mínimo
3.3. - A Teoria da Coincidência dos Opostos
4 - Douta Ignorância e Cosmologia
4.1. - Cosmologia tradicional e rutura
4.2. - Universo-Homem: contributo para uma Ética.
5 - Cristo como figura singular
6 - Conclusão
2 - Introdução
Da singularidade de um autor depende a forma de abordagem da sua filosofia, se, por exemplo, em Espinosa se torna possível isolar uma dada temática e trabalhá-la autonomamente, bem diferente é o caso de Nicolau de Cusa, onde os conceitos se interpenetram numa teia complexa dificultando toda a abordagem sistematizante, assim, parece importante e metodologicamente mais válido encontrar-se um conceito-chave e, a partir daí, em espiral, reconstruir-se a suas preocupações base na esfera da filosofia. Está-se, portanto, falando do conceito de Douta-Ignorância. Assinalemos, então, as influências que acabaram marcando o pensamento de Nicolau de Cusa, essas influências são de três tipos:
a) Os irmãos da Vida Comum em Deventer, comunidade onde um novo tipo de piedade despontava. É aí, que, pela primeira vez, Nicolau de Cusa contacta com o espírito místico alemão;
b) As doutrinas de Eckhart, onde viu o conteúdo do Cristianismo remoldado ao conteúdo individual de cada espírito;
c) A Universidade de Heidelberg, onde contactou com os princípios da Escolástica. Estes ensinamentos serão depois prolongados pela Universidade de Pádua, onde o filósofo virá a contactar com a cultura humanista e com as matemáticas gregas. E serão exatamente as matemáticas que passarão a estar intimamente articuladas com o conceito de que aqui se fala: " In Padua, Cusanus also established what was to become a life-long friendship with Paolo Toscanelli, one of the most important among the italian mathematicians and physicists" (1). Esta influência recebida aqui acabaria sendo passada a matemáticos e astrónomos alemães, que, por sua vez, acabariam influenciando o próprio Copérnico.
A matemática passará a ser, por assim dizer, o juiz que validará muitas das teorias de Nicolau de Cusa, os seus exemplos, tantas vezes ingénuos, conduzirão à sua opção em termos de teoria do conhecimento e â elucidação da sua Douta Ignorância. O conhecimento é aqui modelado através da matemática: "(...) a possibilidade do conhecimento reside na proporção entre o conhecido e o desconhecido, só em relação ao já conhecido é que posso avaliar o ainda desconhecido" (2). Quanto à relação matemática/ Douta Ignorância ver-se-á que aquela acaba por não nos dar uma distinta elucidação desta.
3 - Douta Ignorância - a especificidade de um conceito.
3.1. - Dom divino ou grau de conhecimento?
O termo Douta Ignorância, que Nicolau de Cusa vai buscar a Santo Agostinho, significa que o homem, consciente da sua impossibilidade de atingir o Infinito, descobre os limites do seu saber e demarca-lhe fronteiras, e estes limites encontrados acabam sendo não a negação mas o fundamento do próprio homem, homem esse que se manterá na constância de uma tensão existente entre a finitude que transporta e o Infinito que pretende alcançar. Assim, encontra-se já a primeira grande ambiguidade deste conceito: é a Douta Ignorância um dom divino ou um grau superior na hierarquia do conhecimento? Numa descrição dos graus de conhecimento, Nicolau de Cusa fala-nos dos Sentidos, da Imaginação, da Razão e ainda dos Orgãos Naturais, mas tudo isto tem uma única finalidade: " (...) chegar ao intelectus o mais simples e o mais abstrato, onde todas as coisas são Unidade" (3), mas, o filósofo vai vai ainda mais longe e apresenta-nos a própria constituição do acto intelectual:
Intelectus: ser inteligente
objeto inteligível
ato de compreender
( estrutura trina na atividade do Intelectus)
É, por conseguinte, este o ponto de partida para chegarmos ao Infinito, mas... e acerca da eficácia dessa chegada? É que, sempre que se trata de concluirmos acerca desse conhecimento, a única coisa que se consegue dizer é que: "(...) por aí a nossa ignorância aprende que o máximo é incompreensível" (4); " (...) trabalhámos no exemplo das matemáticas para nos tornarmos mais sábios na nossa ignorância" (5), assim, para concluir acerca da Verdade é preciso "(...) que sejamos doutos numa certa ignorância acima da nossa apreensão" (6). Duas consequências podem ser tiradas desde já: 1º - tenta-se traçar um percurso para chegar a essa forma de Saber Supremo que é a Douta Ignorância (7); 2º - os resultados obtidos são sempre nulos, consistem apenas em aprendermos que nada sabemos perante o Infinito - isto é a Douta Ignorância!
Mas, então, para quê traçar diretivas para a obtenção do inalcançável? Não será este antes um dom?, já que o próprio Nicolau de Cusa refere que no seu "(...) regresso da Grécia, sobre o mar, sem dúvida por um dom do pai das luzes, de quem vem todo o dom excelente (foi) levado a abraçar as coisas incompreensíveis de forma incompreensível na Douta Ignorância, ultrapassando aquilo que os homens podem saber das verdades incorruptíveis" (8). Muitas outras citações poderiam ser apresentadas neste sentido, donde, perante a impossibilidade de clarificação desta problemática, ficará suspensa e talvez eternamente insolúvel, acrescente-se apenas que a Douta Ignorância surge intimamente ligada a um estatuto de ambiguidade do qual, talvez, jamais se liberte.
Porquê então a inacessibilidade do Infinito, de Deus? Aqui surge um novo conceito: o de divisão. O homem, querendo ver Deus, não vê nada, já que este não é nada, mas a própria visão com que o homem vê, e, sendo o fundamento da visão do homem, compreende-se que este possa ver tudo, exceto a própria visão.
3.2. - Máximo e Mínimo
E qual a relação deste conceito semi-desvelado com o máximo absoluto ( ou Infinito) e deste último com o mínimo ? Podemos, então, acentuar que os graus de conhecimento para Nicolau de Cusa são: os sentidos, a razão (9) e o intelectus, ora, é a este último que compete dar o salto para um conhecimento (em ignorância) do Infinito, que mais não é que o máximo absoluto, que, conforme se viu, nos acaba sempre por escapar. Mas... o que é então esse máximo absoluto que tão insistentemente se furta à nossa apreensão?: "Aquele máximo que a fé indubitável das nações referencia também como Deus, será (...) objeto que sem jamais poder compreender me esforçarei por procurar..." (10).
Identificado o máximo absoluto com Deus, vejas-se agora que relação ele mantém com esse outro termo que é o mínimo. Mais uma vez Nicolau de Cusa se socorre da matemática: se o máximo absoluto é como uma linha infinita que encerra em si uma reta, um triângulo, um círculo e uma esfera, concluímos então, por uma Douta Ignorância, que no Infinito todas as figuras se identificam, assim "como a unidade infinita encerra todo o número, assim a providência de Deus encerra as coisas em número infinito" (11), logo, máximo e mínimo acabam coincidindo, caindo entre eles todo o reino das coisas mensuráveis. O Máximo absoluto e o Mínimo absoluto coincidem por pertencerem a um domínio que é o da atualidade plena, enquanto que o domínio do mais e do menos, onde se move o conhecimento humano em todos os seus graus, é o da possibilidade e da potencialidade.
3.3. - A Teoria da Coincidência dos Opostos
Esta coincidência do Máximo e do Mínimo insere-se num contexto muito mais amplo e que é, por assim dizer, a trave mestra do pensamento de Nicolau de Cusa - a Teoria da Coincidência dos Opostos.
A Douta Ignorância e esta teoria que nela se baseia, parece não fazer mais do que repetir pensamentos da tradição mística medieval, no entanto, as velhas temáticas acabam recebendo novas formulações: o que até então fora apresentado de forma dogmática é agora submetido a uma tentativa de explicitação (veja-se o recurso às matemáticas), e é precisamente isto que faz de Nicolau de Cusa o primeiro dos pensadores modernos.
Poder-se-á começar por ver a ideia de conciliação a dois níveis: 1º no âmbito da religiosidade, onde as várias crenças não são mais do que ritos diversos prestados a um mesmo Deus; 2º no domínio da Filosofia, onde imperava a sua ambição de tornar compatíveis o aristotelismo que servia de base à filosofia e à ciência tradicionais com o platonismo que começava a impregnar toda uma tradição humanista. No Infinito, portanto, tudo converge e se identifica, ele é a igualdade eterna anterior à desigualdade, aliás, toda "(...) a desigualdade se compõe duma igualdade mais um excedente" (12), portanto, a desigualdade é, por natureza, posterior, e é exatamente desse momento posterior (o Universo, o restrito) de que urge falar, ficando agora a firmação de que este Máximo Absoluto em torno do qual temos deambulado, e que insistimos em procurar através de comparações, é tal que encerra em si o que é e o que não é, de tal modo que não ser é ser nele o ser máximo, como o mínimo e o máximo.
4 - Douta Ignorância e Cosmogonia.
4.1. - Cosmogonia tradicional e rutura
Sendo impossível a subida ao Máximo Absoluto e a descida ao Mínimo Absoluto, entre eles situam-se os seres finitos cuja caraterística essencial é a de se poder sempre encontrar um que seja maior ou outro que seja menor em quantidade, em virtude ou em perfeição: só Deus é Infinito, o universo não é nem finito nem infinito (13) mas tão só ilimitado, sendo assim o universo é em ato no estado restrito (contractio ), de modo a ser da melhor maneira que a sua condição natural lhe permite. Portanto, o universo ou máximo restrito vem do máximo absoluto por um processo de emanação, e aqui prender-se-ia toda uma problemática, que não será referida neste estudo, e que se prende com uma possível leitura panteísta de Nicolau de Cusa, no entanto, ver-se-á quando se abordar os conceitos de complicatio e de explicatio. Em toda a sua vida, este filósofo se defendeu da acusação de panteísmo, mas essa defesa foi feita muito mais pelas suas palavras do que pelas suas obras.
Para além da sua visão sui generis do universo, Nicolau de Cusa empreende um corte profundo com a Cosmogonia tradicional fundada numa amálgama de Aristóteles e Ptolomeu: o sistema geocêntrico é recusado, embora não se adira explicitamente ao heliocentrismo; em consonância com isto o Terra é tirada do centro do universo, atribuindo-se-lhe o respetivo movimento, aliás, a Terra não poderia ser o centro do universo já que é a Deus que é dada essas atribuição, assim, na imensa esfera do universo o seu centro pode-lhe ser exterior, já que Deus tanto pode estar aqui como acolá; a ideia aristotélica que, fundada na corrupção da Terra dava a esta um papel de astro vil, é atirada para a categoria dos preconceitos, já que é o nosso estatuto de observador que vicia tal apreciação: a um observador colocado em qualquer outro astro, para lá do anel de fogo que circunda a Terra, esta última parecer-lhe-ia incorruptível, enquanto que o seu próprio planeta é que se lhe mostraria como fonte de corrupção.
Qual a articulação desta teoria cosmológica com essa forma de saber que é a Douta Ignorância ? Aqui prende-se toda uma problemática incitando a uma reflexão muito mais aprofundada, no entanto, dentro do âmbito desta modesta exposição, adiantaremos apenas alguns tópicos:
- Douta Ignorância - tenta-se explicar a sua originalidade indicando-se, por vezes, o caminho para a ela se chegar com auxílio inclusivamente das matemáticas;
- Cosmologia - recusa total da experimentação e do aparelho matemático; apelo a uma tradição mais ou menos mítica com fundamentação em premissas de base metafísica.
4.2. - Universo-Homem: contributo para uma Ética
Não pretendendo, de modo algum, reconstituir uma doutrina Ética em Nicolau de Cusa, poder-se-á, no entanto, e na sequência do já visto, anotar-se alguns conceitos que servirão de ponte entre o que se tem vindo a dizer acerca do Saber, de Deus e do Universo e esse outro extremo deste pensamento que é Cristo - Cristo o simultaneamente Deus e Homem.
Ora, viu-se já que o Universo é em ato no estado restrito; é um máximo que se contrai (contractio), uma unidade que se determina e individualiza. Esse máximo absoluto que se contrai (Deus) é, em dois sentidos:
1º como envolvimento (complicatio) - é todas as coisas nele (14);
2º como desenvolvimento (explicatio) - é ele em cada coisa
O Universo é, portanto, um intermediário entre Deus e as coisas (15), e nele vive o homem caraterizado sempre por esse seu desejo de Infinito, que se acaba cristalizando na Douta Ignorância (16), por sua vez, esta acaba sempre por nos dizer que o Infinito é inalcançável e não pode ser passível de conhecimento, mas tão só de conjetura, e, sendo assim, caímos numa certa relativização do conhecimento. Será então a Verdade impossível de alcançar? Se a entendermos num sentido discursivo, concluiremos que a sua busca será sempre infrutífera, mas se nos apercebermos daquilo que ela representa no pensamento de Nicolau de Cusa, diremos que a Verdade se alcançará sempre através de um abraço amoroso, pois "(...) todos aqueles que amam a verdade amam-na através de Cristo. Donde, ninguém conhece a verdade, se não tiver em si o espírito de Cristo" (17).
5 - Um figura singular - Cristo
Iniciou-se este percurso a partir da especificidade de um conceito (Douta Ignorância ) , procurou-se descortinar a sua relacionação com algumas temáticas importantes em Nicolau da Cusa, pelo que se viu a articulação da Douta Ignorância com o Máximo absoluto, viu-se que naquela se fundava a Teoria da Coincidência dos Opostos e, por fim, analisando a originalidade de uma Cosmologia, traçaram-se os caracteres de oposição que distanciam esta do questão central deste artigo, passemos agora a abarcar tudo o que tem ficado aparentemente disperso e articulá-lo com uma figura singular nesta filosofia: Cristo.
Nos objetos restritos é sabido que não pode haver subida até ao Máximo absoluto nem uma descida ao Mínimo absoluto, por outro lado, a natureza divina não comporta em si diminuição para poder vir a ser finita, logo, é preciso encontrar algo que consiga colmatar esta brecha. Ora, o máximo restrito é também absoluto porque "(...) o infinito engloba tudo aquilo que é na natureza de uma restrição dada. E, como o mínimo coincide com o máximo absoluto, assim também no estado restrito coincide com o máximo restrito" (18). Este máximo restrito acima da natureza de toda a restrição, seria o termo final de toda a perfeição, seria Deus. Mas, e voltando à Douta Ignorância, é preciso salientar que " (...) esta união admirável ultrapassará tudo aquilo que nós temos de intelectual" (19), esta união concebe Deus como sendo também criatura e criatura que seja de tal modo criador.
Esta figura com que nos deparamos neste momento, "(...) que é simultaneamente Deus e homem, e que nele a humanidade na sua essência está unida à essência da divindade" (20) é, evidentemente, Cristo, e este homem-máximo assume-se na sua natureza como intermediário entre a humanidade e a divindade. E, na medida em que Cristo é intermediário entre os puros absoluto e restrito, a sua missão é a da semente lançada pelo Criador, e esse movimento escapará sempre ao nosso entendimento (21), mas, através da fé pode existir uma ascensão a tal conhecimento, já que onde há uma fé sã há uma verdadeira inteleção. A fé mais verdadeira é a própria verdade, é o próprio Cristo, e esta "(...) fé tão doce em Cristo (...) pode ser gradualmente desenvolvida segundo a ciência que já demos da ignorância" (22), só então os mistérios mais profundos serão entendidos, pois Cristo é aquele em que os tesouros da sabedoria e da ciência se encerram.
6 - Conclusão.
Tendo-se iniciado este artigo a partir de uma ignorância douta, de termo em termo, de coincidência em coincidência, acabamos chegando à fonte da verdadeira sabedoria, à luminosidade de própria Verdade. Mas, e isto parece fundamental, essa Verdade escapar-nos-á sempre, pois não pode ser inteligida, mas tão só vivida. A verdade não é do reino do Intelectus, mas do domínio do vivencial: Deus não pode ser explicado, mas assumido interiormente através de Cristo.
Durante algum tempo ignorada a filosofia de Nicolau de Cusa foi posteriormente retomada por Gordano Bruno, onde a tensão entre Deus, como medida e limitação, e a subjetividade finita, acaba por desaparecer, sendo substituída por um sentimento cósmico declaradamente panteísta. E, mesmo depois de Bruno, vários foram os pensadores que ao longo da modernidade aqui e ali apresentaram contactos com a filosofia de Nicolau de Cusa (23).
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Notas:
(1) Cassirer, Ernst. The Individual and the Cosmos in Renaissance Philosophy. Philadelphia University of Pensylvania Press, S/d., p 35.
(2) Abbagnano, Nicola. História da Filosofia, Volume V. Lisboa: Ed. Presença, 1970, p 113,
(3) Cusa, Nicolas de. De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 55 (Traduction de L. Moulinier).
(4) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 84.
(5) Nicolas de Cusa. Op- cit. p 90.
(6) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 101.
(7) Na página 60 da obra de Nicolau de Cusa aqui citada, o filósofo propõe mesmo um método para se alcançar a Douta Ignorância.
(8) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 225.
(9) "(...) a Razão, para o nosso filósofo, é o segundo grau de conhecimento. Acima há o Intelectus. A Razão conclui baseada nos Sentidos. O Intelectus vê, percebe o que é invisível... ". Abel Rey. Introduction De la Docte Ignorance, Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 19.
(10) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 39.
(11) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 86.
(12) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 49.
(13) "Mas como o universo abarca tudo o que não é Deus, ele não pode ser um infinito negativo, e como ele não tem termo, sendo, por isso, um infinito privativo, por esta razão, ele não é finito nem infinito..." In De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 106.
(14) "(...) e, como ele é implicação, todas as coisas nele são ele-mesmo; e, como é desenvolvimento, ele-mesmo é em todas as coisas aquilo que elas são, como a verdade numa imagem." In De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 116.
(15) Cf. Nicolau de Cusa, op. cit. p 121.
(16) "(...) o desejo que temos em nós não é vão, é preciso que conheçamos a nossa ignorância." In De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 38.
(17) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 207.
(18) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 174.
(19) Nicolas de Cusa, Op. cit. p. 176.
(20) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 183.
(21) "Ajuda-te, na pobreza do teu espírito e da tua ignorância, na parábola do grão de fermento de Cristo, na qual o grão enquanto unidade se corrompe, enquanto a sua essência específica se mantém intacta e permite à natureza fazer levedar uma imensidade de grãos." In De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930, p 197.
(22) Nicolas de Cusa, Op. cit. p 211.
(23) Cf. Walter Schulz, Le Dieu de la Métaphysique Moderne. Paris: Édition du Centre National de la Recherche Scientifique, 1978, pp 21-27.
BIBLIOGRAFIA
- Abbagnano, Nicola. História da Filosofia, Vol. V. Lisboa: Editorial Presença, 1970.
- Cassirer, Ernest. The Individual and the Cosmos in Renaissance Philosophy. Philadelphia University of Pensylvania Press, s/d.
- Cusa, Nicolas de. De la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930. (Trad. L. Moulinier).
- Rey, Abel. Introduction à la Docte Ignorance. Paris: Lib. Félix Alcan, 1930 (Trad. L. Moulinier).
- Schulz, Walter. Le Dieu de la Métaphysique Moderne. Paris: Éditions du Centre Nacional de la Recherche Scientifique, 1978.
- Védrine, Hélène. "A nova imagem do mundo: de Nicolau de Cusa a Giordano Bruno" in História da Filosofia, Vol. II, Dir. François Châtelet. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1981.
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