segunda-feira, 24 de junho de 2019

 

As Rainhas Trágicas ( Les Reines Tragiques ) é um conjunto de dezoito narrações de cariz histórico, da autoria de Juliette Benzoni, em torno de figuras femininas, predominantemente europeias, que ocuparam os tronos de alguns estados europeus. Um escrita linear e simples, muitas vezes acentuando o que tem a ver com o tema do livro e não propriamente com aspetos principais das ditas rainhas, como no caso da história de Cristina da Suécia, onde se valoriza apenas o assassinato de Rinaldo Monaldeschi, passando apressadamente por cima da eventual interssexualidade da rainha, que tanta investigação tem suscitado, bem como pelo episódio da sua abdicação a favor de um primo, para poder vagabundear por diversos países europeus transportando atrás de si uma autêntica corte de sábios. Algumas histórias aparecem de modo bastante sintetizado - exemplo: toda a História de França que vai de Filipe, O Belo, até ao assassinato de Margarida de Borgonha aparece neste livro em 28 páginas, enquanto Maurice Druon no seu monumental Les Rois Maudits analisa minuciosamente o episódio em quase 400 páginas. Outras histórias são bastante convincentes como a de Leonor de Aquitânia, a fazer lembrar-nos o desempenho de Katharine Hepburn em The lion in winter The Anthony Harvey (1968), Apesar de se sobrevalorizar a História factual, por vezes os factores sociais, políticos e económicos são abordados com bastante rigor, aliás, neste livro o rigor nunca é descurado, daí que possa perfeitamente ser lido como introdução aos temas.
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