quarta-feira, 18 de maio de 2022



Este poema tem um gato e um pardal,

o gato mata o pardal,

o gato não come o pardal,

é um gato sem fome,

é uma morte inútil,

é a tua indiferença perante a dor de um pássaro,

és tu sem perceber que também sou pássaro

e que morro inutilmente todos os dias.


 Raquel Serejo Martins. Valsa a vau. Lisboa: Poética Grupo Editorial, 2021, p 38.

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